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Compaixão ou empatia?

  • 17 FEV 2022
  • Érika Coutinho
  • 184

Quando Jesus saiu do barco e viu uma grande multidão, teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor. Então começou a ensinar-lhes muitas coisas.” Marcos 6:34

 

         Jesus havia ficado um tempo a sós com os discípulos, eles conversavam  sobre os problemas encontrados ao longo do caminho percorrido nas aldeias da Galileia. Jesus lhes deu conselhos necessários para corrigir os erros e prepará-los para um ministério mais eficaz nas ocasiões seguintes.

         A primeira metade do texto diz que Jesus teve compaixão deles, e não empatia, porque empatia é definida apenas como um desejo de aliviar o sofrimento do outro. É suficiente possuir empatia? Não é bom que desejemos aliviar o sofrimento das pessoas? Não é uma causa nobre? Ou agimos por obrigação? Talvez por um senso de dever cristão…

         Jesus não agiu por empatia, Ele “teve compaixão deles”. A palavra “compaixão” é composta a partir de dois radicais: com e passus, que significam “sofrer com”. Não é algo distante; não é apenas como dizer: sinto muito pela sua situação; ou como estender a mão à distância enquanto fala: “Olhe só, vou ajudá-lo através desse programa”.

         A compaixão diz que devemos sentir a dor junto ao nosso próximo. É assim que somos como igreja? Temos compaixão? Ou apenas uma espécie de responsabilidade social?

         Temos senso de dever? Ou um coração verdadeiramente partido por causa do sofrimento que vemos ao nosso redor? “Quando Jesus saiu do barco e viu uma grande multidão, teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor. Então começou a ensinar-lhes muitas coisas”, o que veio primeiro foi a compaixão, e suas consequências foram as ações. 

         Deus se identifica intimamente com os necessitados. Junto a Cristo, os necessitados não estão perdidos na multidão. Jesus ia além das palavras, Ele mostrava esperança através da ação. Isso é o que Deus nos pede hoje. Temos maravilhosas palavras, grandes promessas, mas Deus nos chama para viver a esperança, para mostrá-la e reproduzi-la, para que a compaixão de Deus seja real para com todo o mundo.



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