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Nova vida

  • 30 SET 2022
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Jesus lhes ensinou muitas coisas por meio de parábolas. Ele dizia: Certo homem saiu para semear. Enquanto semeava, uma parte das sementes caiu à beira do caminho e os pássaros vieram e as comeram. Outra parte caiu no meio de pedras, onde havia pouca terra. Essas sementes brotaram depressa pois a terra não era funda, mas, quando o sol apareceu, elas secaram, pois não tinham raízes. Outra parte das sementes caiu no meio de espinhos, os quais cresceram e as sufocaram. Uma outra parte ainda caiu em terra boa e deu frutos, produzindo trinta, sessenta e até mesmo cem vezes mais do que tinha sido plantado.
Mt. 13:3-8
 
Deus é um Pai absurdamente paciente e amoroso. Apesar de um mundo cheio de desordem Ele sabe cultivar em nós todos os frutos da vida, Ele conhece perfeitamente o tempo, as estações, sabe o que vai colher e espera sua colheita. Nossa vida é o campo aberto do trabalho do supremo Agricultor, como na parábola acima, a boa semente que foi abraçada pela terra fértil do coração terá seu fruto eterno, a nossa salvação em Cristo. Essa é precisamente a essência do Batismo da primavera, uma grande colheita do Deus semeador.
 
Vimos nesses dias uma imensa manifestação de fé, principalmente por parte de nossas crianças e juvenis, que testemunharam publicamente sua decisão por Cristo através do batismo nas águas. A comoção e alegria foi generalizada, um misto de lágrimas, risos, palmas e gritos de vitória tomou nossa igreja ao testemunhar a glória de Deus nas decisões dos nossos meninos e meninas. A sensação de estar na presença de Deus foi intensa a cada batismo. Os pais estavam vendo um sonho se realizar, e seus filhos vivendo a vibração e o poder de uma decisão espiritual de impacto eterno. Faltam palavras para descrever o que vimos, certamente foi divino! O céu esteve mais perto, o imaginário e a realidade se aproximaram inevitavelmente, a fé se materializou no coração batendo mais forte, nossas crianças verdadeiramente firmaram uma aliança de salvação com Jesus Cristo, elas são bem vindas no Reino de Deus.
 
Passado aquilo que presenciamos ficam algumas reflexões que deveriam ser consideradas. A primeira tem a ver com a preparação para o batismo. Desde o dia primeiro da existência das nossas crianças se iniciou um constante estímulo espiritual, a fé foi ensinada e exercitada em milhares de momentos, como o hábito de comer ou tomar um copo de água, nosso pequenos foram ensinados para viver a fé. Nas orações breves do almoço até o testemunhar da palavra, muitos passaram pela experiência da vida em Cristo. O exemplo dos pais, apesar de imperfeito, provoca uma explosão de certeza no coração dos filhos de que o único caminho seguro e verdadeiro é o caminho de Jesus. As crianças não vão deixar de serem crianças em todas as suas formas, o que não significa necessariamente um despreparado para essa decisão. Pelo contrário, as crianças devem ser ensinadas que é possível ser criança ou juvenil e ser plenamente um discípulo autêntico de Jesus. Por vezes nossa régua moral de maturidade é tão elevada que algumas crianças acreditam que elas nunca estarão prontas para esse decisão, elas se sentem tristes, principalmente porque não se enxergam boas o suficiente tomá-la, mas esse pensamento procede de uma teologia não bíblica, o batismo se trata de declararmos nossa falência e aceitar uma vida nova em Cristo. Se nossas crianças reconhecem a Jesus como seu único Salvador e Senhor o que mais impedirá elas de se entregarem pelo batismo?
 
Outra reflexão necessária se trata da jornada que temos que continuar com nossos novos discípulos. Costumamos dizer para os menores que eles são o futuro da igreja, como se a relevância deles no corpo de Cristo estivesse condicionada a um futuro desconhecido de todos. Errado! Nossas palavras são carregadas de poder humano e divino, enquanto repetirmos frases como essa vamos enfraquecer a visão de missão de agora, e diminuímos o poder deles serem missionários hoje. O Espírito Santo batizou cada menino a menina com poder infinito, para que eles sejam sal e luz. Precisamos dizer que eles são irmãos menores do reino de Deus. O mesmo poder do alto está disponível à todos e eles são hoje lugar da habitação do Deus Espírito. Nada os impede de manifestar a glória de Deus aos homens. As obras que eles podem realizar em Cristo já são uma realidade. Em suma, eles são a igreja em sua plenitude. Hoje!
 
As crianças são puras e consideram seriamente aquilo que falamos, aceitam sem fingimento aquilo que comunicamos. Por fim, resta um forte apelo para nossos irmãos mais maduros no reino de Deus. Todo esforço da nossa parte deve ser dedicado ao florescimento das verdades do reino de Deus no coração infante. Crianças e adolescentes não sabem decidir e não conseguem decidir sabiamente em muitas coisas. Precisamos estar perto deles insistentemente. Nossas palavras terão muito mais efeito se tivermos com eles conexões afetivas. Nem sempre seremos o exemplo perfeito pra eles, mas podemos ser o melhor amigo e mentor, pelo simples fato de caminhar lado a lado, orar juntos, comer juntos, servi-los em amor e viver juntos o evangelho do reino. Deus nos abençoe como irmãos maiores. Que o reino cresça e Jesus seja exaltado por sua igreja. Amém!

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