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100 anos de vida, 85 anos de esperança

  • Isabela Vitória

“Que Jesus volte logo”, é o que Olinda Anniehs me responde quando pergunto “Depois de tantos anos na igreja, qual o sentimento que a senhora leva no coração?”. Não há como contar a história de Olinda em uma ou duas páginas, seus 100 anos não se limitam nela, mas são interligados diretamente entre laços e conquistas. 

No sábado, 30 de julho, exato dia de seu aniversário, Olinda foi chamada ao púlpito da Igreja UNASP a fim de receber uma bênção especial em comemoração à uma vida centenária. O momento foi precedido por uma pergunta do pastor Henrique Gonçalves que trouxe ainda mais significado à cerimônia: “Existe aqui alguém com mais de 80 anos de bastismo?”. Olinda não viveu para si, de seus 100 anos, 85 foram arduamente dedicados à Igreja Adventista. A partir de seu batismo, aos 15 anos de idade, ela tem construído caminhos para a proclamação do evangelho em todo Brasil.

Desde que conheceu a igreja adventista, com seu avô, um dos pioneiros do adventismo no Brasil, a caminhada de Olinda na vida missionária é imensurável. Em quase cinco horas de entrevista percebi que, quanto mais tempo ficasse a escutando, entenderia que menos ainda sabia sobre ela. "Vou te mostrar uma coisa” me disse enquanto se levantava, abriu um armário cheio de vinis, continuou então a abrir as outras portas, eram prateleiras lotadas com CDs, livros, álbuns e agendas, seguido disso olhou para mim, “não tenho como te contar tudo”.

E como teria? Olinda é revolucionária. Ela esteve nos primeiros passos do que hoje são grandes feitos. Me contou sobre a primeiro edição de “A voz da profecia”, no qual estava presente; também, com orgulho me mostrou seus feitos na área da saúde, sendo pioneira da Faculdade Adventista de Enfermagem (FAE), em 1969, e contribuindo para que o Hospital das Clínicas se tornasse uma grande referência, com a introdução de diversas especialidades médicas. 

Mas não acaba por aqui, a história de Olinda não acaba, simples assim. Além de suas conquistas profissionais, Olinda ainda atuou como missionária, construindo igrejas ao redor do país e pregando na América do Sul. Trabalhou inclusive no desenvolvimento do adventismo na região de Artur Nogueira, onde hoje se encontra o Centro Universitário Adventista de São Paulo campus Engenheiro Coelho.

Enquanto ela me contava, brinquei “Essa igreja tem muito do dedinho da senhora, dona Olinda” ela riu, mas concordou. 

Perguntei aos pastores que a conheceram mais de perto quais as qualidades que mais admiravam nela, Henrique me disse fé e perseverança, pastor Brenha complementou, espiritualidade. Não sei se cabe a mim, como jornalista, dizer isso, mas a qualidade que mais me brilha os olhos em Olinda é o cuidado com o próximo e a saudade do céu. 

Olinda dedica sua vida ao outro, cuida e salva pessoas. É um século presenteando a humanidade e se disponibilizando a Deus, como instrumento de sua obra na Terra. À Olinda, um feliz aniversário.

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